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RAZÃO vs EMOÇÃO – Parte 1



Entendendo o Duelo


Não faz muito tempo, enquanto assistia uma série do Netflix – Star Trek Voyage (Não nego, sou fã de Star Trek) – vi uma de muitas cenas entre o lógico Tuvok (Vulcano, que assim como o Spock da Enterprise (Série Original)) e a sentimental tripulação. Como em todas as vezes, a conversa gira em torno da suposta incapacidade de Tuvok em expressar sentimentos e da suposta incapacidade da tripulação em serem mais lógicos.


Bem, este duelo é bem antigo e é sobre ele que falaremos numa série de 3 artigos. O assunto em questão refere-se ao duelo secular que existe em cada ser humano (ou alienígena, rsrsrsrs) – O Duelo entre a Razão e a Emoção. As pessoas sempre se perguntam sobre como devem agir quando encaram as armadilhas do destino, quando enfrentam os males da traição, os demônios da perda ou os tão costumeiros momentos de infelicidade. Este duelo ocorre justamente quando o nosso coração figurativo (isso mesmo, figurativo, não aquela musculosa bomba hidráulica de sangue) entra em “ebulição” por não saber como equilibrar aquilo que sabe que deve fazer com aquilo que sabe que deseja fazer.


Muitos, aqueles que conseguem, acabam transmitindo facialmente um certo ar de tranquilidade, enquanto seu sangue ferve na tentativa de equilibrar seus sentimentos, ocultam um turbilhão de emoções que são impossíveis de conter.


O erro se encontra justamente em se achar, e não no sentido de encontrar, mas de imaginar, que Razão e Emoção são inimigas. Nada disso. Na realidade são os pares perfeitos, posso dizer que amantes. Uma não conseguiria viver sem a outra.


Então, porque o duelo? Elas não lutam entre si, lutam contra o ser que tenta separá-las, que insiste que uma não pode existir na presença da outra. Isso faz com que elas lutem contra o dono delas. Imaginem que sejamos como senhores de engenho de séculos passados e que nossa filha única se apaixone por um dos empregados. A filha ama e respeita seu pai e o empregado respeita e é grato ao seu senhor. Mas a recusa do senhor (pai e patrão) em aceitar seu amor faz com que os dois fujam diversas vezes para ficarem juntos. No passado, o resultado quase sempre era o assassinato do empregado ou a morte trágica do casal.


É exatamente isso que ocorre dentro de nós. Razão e Emoção lutam para ficarem juntos, para se tornarem com um só. E nós, como senhores que achamos saber tudo, impedimos esta união, sempre escolhendo um como filho e outro como escravo. Tentando acolher um e renegando o outro.


ACREDITEM! Não existe antagonismo. Razão e emoção são lados de uma mesma moeda. As duas faces de um mesmo ser! Elas são complementares e não antagônicas. Uma decisão inteligente é, portanto, parar de entender a Razão e a Emoção com duas coisas diferentes e começar a encará-las com duas necessidades que complementam o seu ser.


Agora que entendemos que não existe duelo, vamos ver, no próximo artigo, como podemos tomar decisão equilibrando razão e emoção.


Imagem de Gordon Johnson por Pixabay

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